sábado, 31 de outubro de 2009



O que eu tenho não me pertence,
embora faça parte de mim.
Tudo o que sou me foi um dia emprestado
pelo Criador para que eu possa dividir
com aqueles que entram na minha vida.
Ninguém cruza nosso caminho por acaso e
nós não entramos na vida de alguém
sem nenhuma razão.

Há muito o que dar e o que receber;
há muito o que aprender,
com experiências boas ou negativas.
É isso... tente ver as coisas negativas
que acontecem com você como algo
que aconteceu por uma razão precisa.

E não se lamente pelo ocorrido;
além de não servir de nada reclamar,
isso vai te vendar os olhos para continuar
seu caminho.(...)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

POR QUE EU NÃO SOU FELIZ?



Primeiro, devemos entender o significado da palavra feliz. Muitas pessoas acham que ser feliz é entrar no universo daquilo que foi pré-estabelecido pela sociedade dominante. No Brasil, parece que é alcançar um posto profissional invejável, ter um carro do ano que desperte admiração, se vestir com roupas aceitas pelas regras de um determinado grupo que a pessoa frequente, ir a lugares caros onde será visto e reconhecido por amigos comuns, viajar a locais da moda, e mais uma vasta quantidade de pré-quesitos sociais de sucesso e aparência para se sentir aceito e aprovado. Que tormento!

Já atendi muita gente que cumpriu essa extensa lista de afazeres e continua infeliz. O dinheiro nos traz comodidades, mas se for o objeto de nosso desejo, trará servidão e medo, basta visitar as manchetes dos jornais nos últimos meses. A pessoa que passa boa parte do seu tempo tomando conta da “bolsa”, do “dólar”, da “onça”, pensa que está vivendo, até infartar ou se matar.

Estou falando de bem-estar interno. De se gostar e se aceitar plenamente antes de se aventurar às mudanças de vida. Não para perseguir um sonho que é mais uma satisfação social do que uma agradável jornada. Não é para fazer feliz papai, mamãe, amigo, etc. É para se sentir feliz com você.

Nossa história pessoal é apenas parte de nós. Quando nos olhamos num espelho, temos que transcender a nossa porta de apresentação pessoal (aparência, currículo etc). Somos maiores do que isso, basta não permitir o EGO tomar conta de tudo. Ele faz com que nos vejamos limitados, medíocres, presos. Não é preciso desconstruí-lo, pois ele também é importante para a devida auto-avaliação. Não se pode é dar poder a ele. É como se numa empresa de grande porte, chamassem o faxineiro para decidir sobre os rumos da instituição. Cada um faz bem o que se propõe fazer. O EGO é um subalterno numa macroestrutura que devemos entregar para quem entende. Se formos deixar para ele as nossas grandes decisões, estaremos fadados não só ao insucesso como as más escolhas. O grande diretor presidente de nossa estrutura é o nosso EU SUPERIOR que está “ali” pertinho de DEUS. Quando não temos direção, o melhor a fazer é parar, esvaziar a cabeça e submeter a apreciação d´ELE.

A pergunta é: o que eu estou repetindo que ainda não entendi o porquê? Quando começou o que eu estou insistindo em fazer e para que propósito, o que está me ensinando? Uma vez aprendida a lição extraída dessas perguntas, a vida tratará, espontaneamente, de trazer as soluções.

Somos seres duais, vivendo experiências que precisam ser aprendidas. Não é necessário ficar julgando se fez ou não o que deveria, pois o que foi feito era o possível na hora. Livre-se da culpa, pois além de engessar, não traz nada de inteligente em nossa vida. Pare de perseguir modelos que não são seus. Você é único, portanto fará do seu jeito. Deixe as emoções fluírem, pois elas represadas quando saem, são perigosas. Não fique preocupado com o que os outros pensarão de você, pois não viemos aqui para sermos avaliados por ninguém, isso é outra cilada.



Ser livre é ter certeza que a sua vida está sendo dirigida pelo melhor pra você. É poder ver o que aconteceu de trágico ou de bom e dali extrair o que podemos aprender sobre isso. Nenhum acontecimento é em vão. Tudo está encadeado como numa trama de novela que dará um resultado. Tenha paciência e não queira ver logo o último capítulo. Não fique pensando que nada tem solução, isso é a sua voz interna (arquétipo) que está ali para te boicotar. Quando ela aparecer, converse com ela e faça algumas perguntas tais como o que ela quer dizer com aquilo, de onde surgiu tal história, o que você precisa saber mais sobre isso, até que essa voz não tenha mais função e se transforme num aliado. Aceite seu lado sombrio ou aquele do qual você não gostaria de expor ou mesmo lembrar. Lembre-se que tudo faz parte do nosso todo e quanto mais você aceitar aquilo que te envergonha, mais rápido se transforma em algo produtivo.

A nossa vida é uma série de acontecimentos que se forem compreendidos (sem julgamento) após os sentimentos externados, podemos construir algo verdadeiro e só nosso, com o nosso jeito e entusiasmo. Não fique preso no seu drama. Ele apenas serviu para te construir. Você é mais do que sua história. Aceite a sua grandeza. Isso sim é ser feliz!

Vera Ghimmel

INTERLÚDIO



As palavras estão muito ditas
e o mundo muito pensado.
Fico ao teu lado.

Não me digas que há futuro
nem passado.
Deixa o presente — claro muro
sem coisas escritas.

Deixa o presente. Não fales,
Não me expliques o presente,
pois é tudo demasiado.

Em águas de eternamente,
o cometa dos meus males
afunda, desarvorado.

Fico ao teu lado.

Cecília Meireles

domingo, 25 de outubro de 2009



Andar com Fé
é saber que cada dia é um recomeço,
é ter certeza que os milagres acontecem
e que os sonhos podem se realizar.
Andar com Fé
é saber que temos asas invisíveis,
é fazer pedidos a estrelas cadentes
e abrir as mãos para o céu.
Andar com Fé
é olhar sem temor
as portas do desconhecido,
ter a inocência dos olhos da criança,
a lealdade do cão, a beleza da mão estendida
para dar e receber.
Andar com Fé
é usar a força e a coragem
que habitam dentro de nós
quando tudo parece acabado.
Andar com fé
é saber que temos tudo a nosso favor,
é compartilhar as bênçãos multiplicadas,
é saber que sempre seremos surpreendidos
com presentes do Universo,
é a certeza que o melhor sempre acontece e que tudo aquilo que almejamos
está totalmente ao nosso alcance.
Basta só Andar com Fé !
A fé é um Dom de DEUS !
Eu agradeço por ela:

"Senhor eu creio , mas aumente a minha Fé "


.....Jô...... "A Guerreira da Verdade"

ALMA ANTIGA...



Eu sou uma ALMA ANTIGA
Venho de outras eras
Em que humanos eram humanos
Em que animais e flores também eram divinos.
Venho de um tempo em que as pessoas
se compreendiam com o olhar.
De um tempo em que não era proibido sonhar...
Tocar a alma era permitido, e o amor ainda existia...
Um tempo em que
TÍNHAMOS TEMPO para admirar um pôr do sol,
deitar-se na grama, mergulhar no rio,
sorrir sem motivo e amar sem razão
Um tempo em que vida era vida de verdade
Sou alma tão antiga, que nos dias de hoje anda perdida...
E que procura na noite, na lua, nas estrelas, na poesia...
uma esperança de que o passado de alguma forma
ainda sobrevive, mesmo que nas sombras...


C.Luna Poesias

sábado, 24 de outubro de 2009

A FELICIDADE PODE DEMORAR...



Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer
senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.

Às vezes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profundamente,
e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.

Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar,
tanto quanto precisamos respirar... é nossa razão de existir.

Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.

Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração
pela falta de uma única pessoa.

Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver,
até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol,
a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.

É a força da natureza nos chamando para a vida.

Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança,
te traíram sem qualquer piedade.

Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.

Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram...

Descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez.

E agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.

Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatores importantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu (dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos.

Não deixe de acreditar no amor. Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá.

Manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que
quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.

Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento
manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco.

Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda
mais intenso, do que teria sido no passado.

Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário.
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.

A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem...


Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O AMOR EXISTE...


Às vezes sem querer, me vejo cantando.
Sonhando com um mundo feito só de amor.
Vejo meu sonho no céu,vejo meu desejo
como pirilampos que surgem brilhando
rompendo véus ...

Sinto uma ternura suave trazida
pelo vento que balança as flores,
que baixinho me fala de amor ....
Sinto num gesto de carinho,
no sorriso inocente das crianças,
na lua que brilha na escuridão,
iluminando os caminhos
dos que caminham na solidão.

Na canção que fala de amor e perdão.
Sinto que o amor existe...
Acorde suas lembranças
Sinta o imenso amor que existe dentro de você.
Mesmo que surjam espinhos,
Ame com todo carinho.
Ame com toda a emoção.
Guardada no seu coração
Só o amor traz esperança.
No deserto da solidão...


Clicia Pavan

segunda-feira, 19 de outubro de 2009


“Jamais deixes de ser criança...
Não deixes de sentir, gostar, ver
e extasiar-se diante de coisas tão grandes
como o ar, o vôo e os sons
da luz do sol em teu interior.
Se quiseres, usa a máscara
para proteger a criança do mundo,
mas, se permitires que a criança
desapareça, terás crescido
e já não estarás vivo...”


Richard Bach

domingo, 18 de outubro de 2009

EGO, O FALSO CENTRO


"O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.

Uma criança nasce.

Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro.

Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora.

O nascimento é isso.

Nascimento significa vir a este mundo, o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce neste mundo. Ela abre seus olhos, vê os outros.

O "outro" significa o tu.

Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Este também é o outro, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo.

É desta maneira que a criança cresce.

Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, tu, ela se torna consciente de si mesma.

Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que esta pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se ela aprecia a criança, se diz: "Você é bonita", se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma.

Agora um ego está nascendo.

Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo.

Mas esse centro é um centro refletido. Ela não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.

E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida; sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é o ego. Isso também é um reflexo.

Primeiro a mãe - e mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.

O ego é um fenômeno acumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.

O verdadeiro pode ser conhecido somente através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ela é uma disciplina. O verdadeiro pode ser conhecido somente através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.

O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia.

Tudo, menos você, é a sociedade. E todos refletem. Você irá para a escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estão adicionando algo ao seu ego, e todos estão tentando modificá-lo, de tal forma que você não se torne um problema para a sociedade.

Elas não estão interessados em você.

Eles estão interessados na sociedade.

A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Elas não estão interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.

Assim, estão tentando dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade.

Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajustará à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro.

É por isso que colocamos os criminosos nas prisões - não que eles tenham feito alguma coisa errada, não que ao colocá-los nas prisões iremos melhorá-los, não. Eles simplesmente não se ajustam. Eles criam problemas. Eles têm certos tipos de egos que a sociedade não aprova. Se a sociedade aprova, tudo está bem.

Um homem mata alguém - ele é um assassino.

E o mesmo homem , durante a guerra, mata milhares - e torna-se um grande herói. A sociedade não está preocupada com o homicídio, mas o homicídio deveria ser praticado para a sociedade - então tudo está bem. A sociedade não se preocupa com moralidade.

Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade.

Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda.

Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente.

A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes .

A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao auto-conhecimento.

A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o eu - não é possível.

E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que este é o seu centro, o ego dado pela sociedade.

Uma criança volta para casa - se ela foi o primeiro aluno de sua classe, a família inteira fica feliz. Você a abraça e a beija, e você coloca a criança no colo e começa a dançar e diz: "Que linda criança! Você é um motivo de orgulho para nós." Você está dando um ego a ela. Um ego sutil. E se a criança chega em casa abatida, fracassada, um fiasco - ela não pode passar, ou ela tirou o último lugar - então ninguém a aprecia e a criança sente-se rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.

O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. É por isso que você está continuamente pedindo atenção.

Ouvi contar:

Mulla Nasrudin e sua esposa estavam saindo de uma festa, e Mulla disse: "Querida, alguma vez alguém já lhe disse que você é fascinante, linda, maravilhosa?"

Sua esposa sentiu-se muito, muito bem, ficou muito feliz. Ela disse: "Eu me pergunto por que ninguém jamais me disse isso."

Nasrudin disse: "Mas então de onde você tirou essa idéia?"

Você obtém dos outros a idéia de quem você é.

Não é uma experiência direta.

É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Esse centro é falso, porque você contém o seu centro verdadeiro.

Este, não é da conta de ninguém.

Ninguém o modela, você vem com ele. Você nasce com ele.

Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Este é o eu. E o outro centro, que lhe é dado pela sociedade - o ego. Ele é algo falso - e é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente então a sociedade o aprecia.

Você tem que caminhar de uma certa maneira: você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente então a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, quem você é.

Os outros deram-lhe a idéia.

Essa idéia é o ego.

Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a menos que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o eu. Por estar viciado no centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o eu.

E lembre-se, vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará despedaçado, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo, quando todos os limites se dissolverão.

Você estará simplesmente confuso, um caos.

Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro.

E se você for ousado, o período será curto.

Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas.

Ouvi dizer:

Uma criancinha estava visitando seus avós. Ela tinha apenas quatro anos de idade. De noite, quando a avó a estava fazendo dormir, ela de repente começou a chorar e a gritar: "Eu quero ir para casa. Estou com medo do escuro."

Mas a avó disse: "Eu sei muito bem que em sua casa você também dorme no escuro; eu nunca vi a luz acesa: Então por que você está com medo aqui?"

O menino disse: "Sim, é verdade - mas aquela é a minha escuridão. Esta escuridão é completamente desconhecida."

Até mesmo com a escuridão você sente: "Esta é minha."

Do lado de fora - uma escuridão desconhecida.

Com o ego você sente: "Esta é a minha escuridão."

Pode ser problemática, pode criar muitos tormentos, mas ainda assim, é minha. Alguma coisa em que se segurar, alguma coisa em que se agarrar, alguma coisa sob os pés; você não está em um vácuo, não está em um vazio. Você pode ser infeliz, mas pelo menos você é.

Até mesmo o ser infeliz lhe dá ma sensação de "eu sou". Afastando-se disso, o medo toma conta; você começa a sentir medo da escuridão desconhecida e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte do seu ser...

É o mesmo que penetrar em uma floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a floresta, a selva. Aqui tudo está bem; você planejou tudo. Foi assim que aconteceu.

A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente e cercou-a. Tudo está bem ali.

Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que você possa se sentir em casa ali.

E então você passa a sentir medo.

Além da cerca existe perigo.

Além da cerca você é, tal como dentro da cerca você é - e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto .

Precisamos ser ousados, corajosos.

Precisamos dar um passo para o desconhecido.

Por um certo tempo, todos os limites ficarão perdidos.

Por um certo tempo, você vai sentir-se atordoado.

Por um certo tempo, você vai sentir-se muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.

Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas.

Esta é a sua alma, o eu.

Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos; nasce uma nova ordem.

Mas esta não é a ordem da sociedade - é a própria ordem da existência.

É o que Buda chama de Dhamma, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas.

A diferença é a mesma que existe entre uma flor verdadeira e uma flor de plástico ou de papel. O ego é uma flor de plástico, morta. Não é uma flor, apenas parece com uma flor. Até mesmo linguisticamente, chamá-la de flor está errado, porque uma flor é algo que floresce. E essa coisa de plástico é apenas uma coisa e não um florescer. Ela está morta. Não há vida nela.

Você tem um centro que floresce dentro de você. Por isso os hindus o chamam de lótus - é um florescer. Chamam-no de o lótus das mil pétalas. Mil significa infinitas pétalas. O centro floresce continuamente, nunca para, nunca morre.

Mas você está satisfeito com um ego de plástico.

Existem algumas razões para que você esteja satisfeito. Com uma coisa morta, existem muitas vantagens. Uma é que a coisa morta nunca morre. Não pode - nunca esteve viva. Assim você pode ter flores de plástico, e de certa forma elas são boas. Elas são permanentes; não são eternas mas são permanentes.

A flor verdadeira, a flor que está lá fora no jardim, é eterna, mas não é permanente. E o eterno tem uma maneira própria de ser eterno. A maneira do eterno é nascer muitas e muitas vezes... e morrer. Através da morte, o eterno se renova, rejuvenesce.

Para nós, parece que a flor morreu - ela nunca morre.

Ela simplesmente troca de corpo, assim está sempre fresca.

Ela deixa o velho corpo e entra em um novo corpo. Ela floresce em algum outro lugar, nunca deixa de estar florescendo.

Mas não podemos ver a continuidade porque a continuidade é invisível. Vemos somente uma flor, outra flor; nunca vemos a continuidade.

Trata-se da mesma flor que floresceu ontem.

Trata-se do mesmo sol, mas em um traje diferente.

O ego tem uma certa qualidade - ele está morto. É de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não o precisa procurar; a busca não é necessária para ele. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente uma parte da multidão. Você é apenas uma turba.

Quando você não tem um centro autêntico, como você pode ser um indivíduo?

O ego não é individual. O ego é um fenômeno social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o eu.

E por isso você é tão infeliz.

Com uma vida de plástico, como você pode ser feliz?

Com uma vida falsa, como você pode ser extático e bem-aventurado? E esse ego cria muitos tormentos, milhões deles.

Você não pode ver, porque se trata da sua escuridão. Você está em harmonia com ela.

Você nunca reparou que todos os tipos de tormentos acontecem através do ego? Ele não o pode tornar abençoado; ele pode somente torná-lo infeliz.

O ego é o inferno.

Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego continua encontrando motivos para sofrer.

Uma vez eu estava hospedado na casa de Mulla Nasrudin. A esposa estava dizendo coisas muito desagradáveis a respeito de Mulla Nasrudin, com muita raiva, aspereza, agressividade, muito violenta, a ponto de explodir. E Mulla Nasrudin estava apenas sentado em silêncio, ouvindo. Então, de repente, ela se voltou para ele e disse: "Então, mais uma vez você está discutindo comigo!"

Mulla disse: "Mas eu não disse uma única palavra!"

A esposa replicou: "Sei disso - mas você está ouvindo muito agressivamente."

Você é um egoísta, como todos são. Alguns são muito grosseiros, evidentes, e estes não são tão difíceis. Outros são muito sutis, profundos, e estes são os verdadeiros problemas.

O ego entra em conflito com outros continuamente porque cada ego está extremamente inseguro de si mesmo. Tem que estar - ele é uma coisa falsa. Quando você nada tem nas mãos, mas acredita ter algo, então haverá um problema.

Se alguém disser: "Não há nada", imediatamente começa a briga porque você também sente que não há nada. O outro o torna consciente desse fato.

O ego é falso, ele não é nada.

E você também sabe isso.

Como você pode deixar de saber isso? É impossível! Um ser consciente - como pode ele deixar de saber que o ego é simplesmente falso? E então os outros dizem que não existe nada - e sempre que os outros dizem que não existe nada, eles batem numa ferida, eles dizem uma verdade - e nada fere tanto quanto a verdade.

Você tem que se defender, porque se você não se defende, se não se torna defensivo, onde estará você?

Você estará perdido.

A identidade estará rompida.

Assim, você tem que se defender e lutar - este é o conflito. Um homem que alcança o eu nunca se encontra em conflito algum. Outros podem vir e entrar em choque com ele, mas ele nunca está em conflito com ninguém.

Aconteceu de um mestre Zen estar passando por uma rua. Um homem veio correndo e o golpeou duramente.

O mestre caiu. Logo se levantou e voltou a caminhar na mesma direção na qual estava indo antes, sem nem ao menos olhar para trás.

Um discípulo estava com o mestre. Ele ficou simplesmente chocado. Ele disse: "Quem é esse homem? O que significa isso? Se a gente vive desta maneira, qualquer um pode vir e nos matar. E você nem ao menos olhou para aquela pessoa, quem é ela, e por que ela fez isso?"

O mestre disse: "Isso é problema dela, não meu."

Você pode entrar em choque com um iluminado, mas esse é seu problema, não dele. E se você fica ferido nesse choque, isso também é problema seu. Ele não o pode ferir. É como bater contra uma parede - você ficará machucado, mas a parede não o machucou.

O ego sempre está procurando por algum problema. Por quê? Porque se ninguém lhe dá atenção o ego sente fome.

Ele vive de atenção.

Assim, mesmo se alguém estiver brigando e com raiva de você, mesmo isso é bom pois pelo menos você está recebendo atenção. Se alguém o ama, isso está bem. Se alguém não o está amando, então até mesmo a raiva servirá. Pelo menos a atenção chega até você. Mas se ninguém estiver lhe dando qualquer atenção, se ninguém pensa que você é alguém importante, digno de nota, então como você vai alimentar o seu ego?

A atenção dos outros é necessária.

Você atrai a atenção dos outros de milhões de maneiras; veste-se de um certo jeito, tenta parecer bonito, comporta-se bem, torna-se muito educado, transforma-se. Quando você sente o tipo de situação que está ocorrendo, você imediatamente se transforma para que as pessoa lhe dêem atenção.

Esta é uma forma profunda de mendicância.

Um verdadeiro mendigo é aquele que pede e exige atenção. Um verdadeiro imperador é aquele que vive em sua interioridade; ele tem um centro próprio, não depende de mais ninguém.

Buda sentado sob sua árvore Bodhi... se o mundo inteiro de repente vier a desaparecer, isso fará alguma diferença para Buda? - nenhuma. Não fará diferença alguma, absolutamente. Se o mundo inteiro desaparecer, não fará diferença alguma porque ele atingiu o centro.

Mas você, se sua esposa foge, se ela pede divórcio, se ela o deixa por outro, você fica totalmente em pedaços - porque ela lhe dava atenção, carinho, amor, estava sempre à sua volta, ajudando-o a sentir-se alguém. Todo o seu império está perdido, você está simplesmente despedaçado. Você começa a pensar em suicídio. Por quê? Por que, se a esposa o deixa, você deveria cometer suicídio? Por que, se o marido a deixa, você deveria cometer suicídio? Porque você não tem um centro próprio. A esposa estava lhe dando o centro; o marido estava lhe dando o centro.

É assim que as pessoas existem. É assim que as pessoas se tornam dependentes umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ela deixa de ser uma escrava. Tente entender isso.

E comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que é o falso centro que entrou em choque com alguém.

Você esperava algo e isso não aconteceu.

Você esperava algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.

As causas não estão fora de você.

A causa básica está dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta:

Quem está me tornando infeliz?

Quem está causando minha raiva?

Quem está causando minha angústia?

E se olhar para fora, você não perceberá.

Simplesmente feche os olhos e olhe para dentro.

A origem de toda a infelicidade, a raiva, a angústia, está oculta dentro de você; é o seu ego.

E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo - porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.

E lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego.

Você não o pode abandonar.

Se você o tentar abandonar, estará apenas conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: "Tornei-me humilde".

Não tente ser humilde. Isso é o ego novamente; às escondidas, mas não morto.

Não tente ser humilde.

Ninguém pode tentar ser humilde e ninguém pode criar a humildade através do próprio esforço - não. Quando o ego já não existe, uma humildade vem até você. Ela não é uma criação. É uma sombra do seu verdadeiro centro.

E um homem realmente humilde não é nem humilde nem egoísta.

Ele é simplesmente simples.

Ele nem ao menos se dá conta de que é humilde.

Se você se dá conta de que é humilde, o ego continua existindo.

Olhe para as pessoas humildes... Existem milhões que acreditam ser muito humildes. Eles se curvam com facilidade, mas observe-as - elas são os egoístas mais sutis. Agora a humildade é a sua fonte de alimento. Elas dizem: "Eu sou humilde", e olham para você esperando que você as valorize.

Gostariam que você dissesse: "Você é realmente humilde, na verdade, você é o homem mais humilde do mundo; ninguém é tão humilde quanto você." E então observe o sorriso que surge em seus rostos.

O que é o ego? O ego é uma hierarquia que diz: "Ninguém se compara a mim." Ele pode se alimentar da humildade - "Ninguém se compara a mim, sou o homem mais humilde.

Aconteceu certa vez:

Um faquir, um mendigo, estava orando em uma mesquita, de madrugada, enquanto ainda estava escuro. Era um dia religioso qualquer para os muçulmanos, e ele estava orando e dizendo: "Eu não sou ninguém, eu sou o mais pobre dos pobres, o maior pecador entre os pecadores."

De repente havia mais uma pessoa orando. Era o imperador daquele país, e ele não havia percebido que havia mais alguém ali orando - estava escuro e o imperador também estava dizendo: "Eu não sou ninguém. Eu não sou nada. Eu sou apenas um vazio, um mendigo à sua porta." Quando ouviu que mais alguém estava dizendo a mesma coisa, o imperador disse: "Pare! Quem está tentando me superar? Quem é você? Como ousa dizer, diante do imperador, que você não é ninguém, quando ele está dizendo que não é ninguém?"

É assim que o ego funciona. Ele é tão sutil! Suas maneiras são tão sutis e astutas; você deve estar muito, muito alerta, somente então você o perceberá. Não tente ser humilde. Apenas tente ver que todo o tormento, toda a angústia vem através dele.

Apenas observe! Não há necessidade de o abandonar.

Você não o pode abandonar. Quem o abandonará? Então o abandonador se tornará o ego. Ele sempre volta.

Faça o que fizer, fique de fora, olhe, e observe.

Qualquer coisa que você faça - modéstia, humildade, simplicidade - nada vai ajudar. Somente uma coisa é possível, e esta é simplesmente observar e ver que o ego é a origem de toda a infelicidade. Não diga isso. Não repita isso. Observe. Porque se eu disser que ele é a origem de toda a infelicidade e você repetir isso, então será inútil. Você tem que chegar a esse entendimento. Sempre que você estiver infeliz, apenas feche os olhos e não tente encontrar alguma causa externa. Tente perceber de onde está vindo essa miséria.

Ela está vindo do seu próprio ego.

Se você continuamente percebe e compreende, e a compreensão de que o ego é a causa chega a se tornar profundamente enraizada, um dia você repentinamente verá que ele desapareceu. Ninguém o abandona - ninguém o pode abandonar. Você simplesmente vê; ele simplesmente desapareceu, porque a própria compreensão de que o ego é a causa de toda a infelicidade, se torna o abandonar. A própria compreensão significa o desaparecimento do ego.

E você é tão brilhante em perceber o ego nos outros. Qualquer um pode ver o ego do outro. Mas quando se trata do seu, surge o problema - porque você não conhece o território, você nunca viajou por ele.

Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria - então ela simplesmente desaparece.

Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que este é o inferno, ele desaparece.

E então você nunca diz: "Eu abandonei o ego." Então você simplesmente ri de toda esta história, dessa piada, pois você era o criador de toda a infelicidade.

Eu estava olhando alguns desenhos de Charlie Brown. Em um cartum ele está brincando com blocos, construindo uma casa com blocos de brinquedo. Ele está sentado no meio dos blocos, levantando as paredes. Chega um momento em que ele está cercado: ele levantou paredes em toda a volta. E ele começa a gritar: "Socorro, socorro!"

Ela fez a coisa toda! Agora ele está cercado, preso. Isso é infantil, mas é justamente o que você fez. Você fez uma casa em toda a sua volta, e agora você está gritando: "Socorro, socorro!" E o tormento se torna um milhão de vezes maior - porque há os que socorrem, estando eles próprios no mesmo barco.

Aconteceu de uma mulher muito atraente ir ao psiquiatra pela primeira vez. O psiquiatra disse: "Aproxime-se por favor."

Quando ela chegou mais perto, ele simplesmente deu um salto, abraçou e beijou a mulher.

Ela ficou chocada.

Então ele disse: "Agora sente-se. Isso resolve o meu problema, agora, qual é o seu?"

O problema se multiplica, porque há pessoas que querem ajudar, estando no mesmo barco. E elas gostariam de ajudar, porque quando você ajuda alguém, o ego se sente muito bem, porque você é um grande salvador, um grande guru, um mestre; você está ajudando tantas pessoas! Quanto maior a multidão de seus seguidores, melhor você se sente.

Mas você está no mesmo barco - você não pode ajudar.

Pelo contrário, você prejudicará.

Pessoas que ainda têm os seus próprios problemas não podem ser de muita ajuda. Somente alguém que não tenha problemas próprios o pode ajudar. Somente então existe a clareza para ver, para ver através de você. Uma mente que não tem problemas próprios pode vê-lo, você se torna-se transparente.

Uma mente que não tem problemas próprios pode ver através de si mesma; por isso ela torna-se capaz de ver através dos outros.

No ocidente existem muitas escolas de psicanálise, muitas escolas, e nenhuma ajuda está chegando às pessoas, mas em vez disso, causam danos. Porque as pessoas que estão ajudando as outras, ou tentando ajudar, ou pretendendo ser de ajuda, encontram-se no mesmo barco.

É difícil ver o próprio ego.

É muito fácil ver o ego dos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.

Tente ver o seu próprio ego.

Simplesmente observe.

Não tenha pressa de o abandonar, simplesmente observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Não existe outra maneira. Você não o pode abandonar prematuramente.

Ele cai exatamente como uma folha seca.

A árvore não está fazendo nada - apenas uma brisa, uma situação, e a folha seca simplesmente cai. A árvore nem mesmo percebe que a folha seca caiu. Ela não faz qualquer barulho, ela não faz qualquer anúncio - nada.

A folha seca simplesmente cai e se despedaça no chão, apenas isso.

Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo.

Ela pousa no chão e morre por si mesma. Você não fez nada, portanto você não pode afirmar que você a deixou cair. Você vê que ela simplesmente desapareceu, e então o verdadeiro centro surge.

E este centro verdadeiro é a alma, o eu, o Deus, a verdade, ou como o quiser chamar.

Ele é inominável, assim todos os nomes são bons.

Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir.


Livro: Além das Fronteiras da Mente
Osho"

ACREDITA!


"Sê feliz, mesmo que a vida não te pareça querer sorrir.
Esboça um sorriso, mesmo que tenhas vontade de chorar.
Ama tudo e todos, mas não te esqueças também de te amar.

A vida pode ser grandiosa, mesmo que em nosso redor só vislumbremos pequenez.
O Universo é imensamente infinito, assim como podem ser as obras que te dispuseres a realizar, para isso basta que te armes de coragem, assumindo teus ideais e tudo em que acreditas.
Os limites não existem, é tua mente que te limita.
Permite que seja teu coração a comandar, e verás todo o teu SER ser rodeado daquilo que intitulas de milagres, mas acredita de que esses milagres nada mais serão do que a tua capacidade de acreditar. E poderás ser capaz de criar tudo quanto permitires-te acreditar.

Não esmoreças se acaso um de teus sonhos não sobreviveu para além da tua imaginação, lembra-te, que porventura possas não ter acreditado nele tanto quanto o deverias de ter feito. Ou, talvez tivesses deixado que o medo te dominasse ao ponto de te fazer duvidar.

Para que um castelo se possa manter de pé, terá de possuir alicerces bem estruturados, assim como materiais de boa qualidade, e nenhum de seus arquitectos duvidou de sua obra, pelo contrário a planearam com todo o cuidado e atenção.
As maiores obras são aquelas que advêm do interior de teu coração, ficarão melhor providas de fortes alicerces se as cuidares com atenção consciente e as rodeares de verdadeiro amor.
O trabalho árduo tarde ou cedo dará seus frutos. Quanto mais amor te permitires dar, tanto mais doces serão os frutos que terás para colher.

QUANDO ACREDITAS, TUDO SE TORNA POSSIVEL!"


Marsol

sábado, 17 de outubro de 2009

REFLEXÃO


Nada nos pertence.
Estamos de passagem.
Nossos olhos não são os donos
desta paisagem.

Temos apenas o direito
de ousar, tocar,
reter,
por um breve período
dentro do nosso ser.

Tudo nos é ofertado
como dom, como mérito
e nos é tirado
para que em nós permaneça
somente a essência
do império.

Império em que reinamos
para vivenciar
as glórias, as asperezas
de uma realeza
que nos foi outorgada
em confiança
e em certeza.

E se do reino nos excluímos,
nos reduzimos.
E se do reino formos escravos
seremos exilados
em nosso proprio reinado.

Tudo se faz no mistério
do mesmo manto que nos cobre.
Na efemeridade do império
todos somos ricos,
todos somos pobres.


Lucia Constantino

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

AS MULHERES E AS ROSAS



Eu não me orgulho dos homens
Que chamam uma mulher de gostosa...
Pra mim as mulheres são como as rosas
Que precisam ser tratadas com o mesmo carinho...
E assim como as rosas
A mulher também tem seu perfume
E seus espinhos...

Quantos jardins repletos
Eu vejo nesse mundo
De rosas machucadas;
Mulheres mal amadas,
Desvalorizadas e esquecidas...
Quando nós homens
Deveríamos tratá-las com mais respeito
E agradecê-las pela dádiva de nos dar a vida,
Quando a rosa é mãe...
E nos orgulharmos
Do desabrochar dos seus sorrisos
Quando a rosa é mulher,menina...

Mas uma mulher não quer muito...
Seus sonhos são tão simples;
Mas poucos são os homens
Que conseguem enxergá-las
bem lá no seu íntimo...
A maioria dos homens
só consegue ver suas curvas
bem torneadas,seu exterior feminino...

Por isso
Enquanto os homens as chamam de gostosas
Elas na verdade só querem ser apenas a rosa!
Acredito que toda mulher
Nasceu pra ser flor;
E por isso merece ser tratada com muito carinho,
Respeito e amor...

POETA DO LITORAL

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"AMOR...A RAIZ DA VIDA"



" É com a disposição de AMAR que devem ser feitas todas as nossas atitudes, porque o AMOR é a base de tudo.Tudo vai passar, sómente o AMOR vai permanecer..."

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SOU A LUZ NA ESCURIDÃO


Eu penso diferente umas coisas que todo mundo pensa igual
Sinto tristeza por outras, que as pessoas acham normal

Eu conheço olhares, detecto se são estranhos ou familiares
Descubro segredos, desvendo cada um deles sem sacrifício

Sou uma artista da vida, é esse o meu ofício
Finjo que não sei de nada
Mas por onde quer que eu ande estou sempre ligada
Na emoção vivo conectada
Da realidade não sei nada

Eu sou alma sozinha que procura seu espelho
Solitária a espera de um conselho
Persigo meus devaneios
Das minhas amizades sou o esteio

O cobertor bordado de amor
Que em noite fria agasalha e alivia
Sou a água que regada sobre cada coração
Faz desabrochar uma paixão
Sou a conversa na hora certa
O silêncio em mil momentos

A algazarra, a risada
Sou o começo e o fim da estrada
O atalho da rebeldia e a nostalgia
Sou de mim mesma a sombra

Que tantas vezes me zomba
E para todos que o meu caminho cruzam
Sou o clarão
Sou a luz na escuridão!

SILVANA DUBOC

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SEJA FELIZ....


“Viver é muito mais do que existir!
Viver é sentir cada momento,
Saborear cada acontecimento.
Viver é sentir Deus presente
em nossas vidas, caminhar pela praia,
Sentir as ondas do mar, brincar com uma criança.
Viver é cantar, mesmo desafinado,
É ser feliz com o que possui,
Acreditar no futuro.
E começar a construí-lo desde já.
Viver é aprender a mudar!“
Viva e seja feliz!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PENSAMENTOS SOBRE A DESILUSÃO


A desilusão é um fenômeno exclusivamente humano e pressupõe que nos enganamos a respeito de algo ou alguém que num determinado momento de nossas vidas, imaginávamos ser completamente diferente, do que havíamos idealizado. Quase sempre estamos criando fantasias em nossa mente, dessa forma, bloqueando a nossa consciência, recusando-nos a aceitar a verdade como ela se apresenta. Há um pensamento de “Alexander Pope”, que traduz bem o sentido de uma desilusão: “Feliz do homem que não espera nada, pois nunca terá desilusões”.

Sabemos que vivenciar uma desilusão é passar por uma experiência bastante desagradável, pois denota algo que está sob nossa responsabilidade, que nós mesmos criamos baseado em fatos e expectativas irreais. Quando a fantasia não corresponde ao que esperávamos, sentimos a dor de uma “desilusão” que, no fundo, é a perda do nosso entusiasmo - como se fossemos, literalmente, “cortados” em nossos anseios e expectativas.

Recentemente encontrava-me “encantada” por uma pessoa, pela qual nutria imenso carinho e que no fundo, talvez, ela me recordasse à figura de alguém muito especial que, infelizmente, havia partido desse mundo. Quem sabe, uma “projeção inconsciente”, não saberia definir. Após a desilusão, veio à tona a realidade, ou seja, a pessoa acabou mostrando quem realmente era, ocasionando-me, grande decepção. Lembro-me que foi um processo bastante doloroso, principalmente, o de aceitar que se havia algum culpado, esse culpado era eu mesma e não a pessoa, que provavelmente dentro da sua “imaturidade”, não havia percebido que algo já havia se "quebrado" dentro do relacionamento.

Retrocedendo a fita mental de toda situação, revendo minuciosamente os detalhes de cada coisa por mim investida , percebi tudo o que havia apostado e colocado dentro desse relacionamento amigável: afeto, carinho, compreensão, sinceridade, abertura, disponibilidade , cumplicidade. Mas será que poderia esperar a mesma coisa do outro lado? Hoje tenho absoluta certeza que não e percebo o quanto iludi a mim mesma.

O ponto culminante de toda essa investigação acabou me propiciando grande paz interna, pois havia então compreendido o porquê de toda aquela sensação desagradável, gerada por uma auto-ilusão. Concluo que quando nos conscientizamos de alguma situação desagradável, o resultado acaba tornando-se produtivo, principalmente, quando temos como objetivo o aprendizado, evitando-se dessa forma, a não repetição dos mesmos erros.

Após o ocorrido, veio-me as mãos o seguinte comentário de um livro que abri aleatoriamente: não leve seus pensamentos muito a sério”. Pude então constatar que precisamos aprender a ir alem dos nossos pensamentos, percebendo que ao interpretar a nossa vida e a vida das outras pessoas, ou ainda , ao julgarmos qualquer situação, estamos expressando apenas um ponto de vista entre muitos possíveis.

Finalmente, com isso pude aprender que:

- Não há culpados. A pessoa que se sente desiludida ou enganada é quem acaba atraindo para si mesma esse tipo de situação, como uma forma de aprender algo a respeito.

- Não é salutar imaginar ou fantasiar algo que desconhecemos a respeito de situação ou pessoa.

- Se já é um processo difícil a busca do autoconhecimento, imagine querermos conhecer profundamente a figura do outro.

- Torna-se fundamental praticarmos a arte da observação, antes de nos envolvermos emocionalmente em qualquer situação.

- Não criar expectativas é imprescindível para vivermos no aqui e agora.

As ilusões que acabamos criando servem-nos, de certa maneira, de defesas contra nossas realidades amargas. De um lado podem nos poupar das dores momentâneas, de outro nos tornam prisioneiras da irrealidade. Do livro – “ As dores da Alma” – pelo espírito Hammed, do Autor: Francisco do Espírito Santa Neto - extrai o seguinte comentário sobre desilusão: “ Não será fácil renunciarmos as nossas ilusões, se não nos conscientizarmos de que a alegria e o sofrimento não estão nos fatos e nas coisas da vida, mas, sim, na forma como a mente os percebe”.

“Mário Quintana”, com sua sabedoria infinita nos diz: “ Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também dos seus defeitos. O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser”.

Tania Paupitz de Souza

domingo, 11 de outubro de 2009

AMIZADE LINDA!!!


Você me aceita?
Uma pessoa feliz!
De bem com a vida
Para uns sou simpática
Adoro sorrir e brincar
Sou alegre e autêntica
Sou carinhosa.. terna
apaixonada,
Vejo o mundo com os olhos
da alma e do coração
vivo tudo com muita paixão
Sou indecisa e às vezes até teimosa
meiguinha, Ah!E muito dengosa!
Adoro dançar e cantar!
Escrever para mim é alegria
embora nos meus versos
encontres saudade e tristeza
Mas se a vida é brincadeira
qro te pedir,sinceramente
deixa-me ser a eterna criança
para viver sempre na sua lembrança

(AD)

sábado, 10 de outubro de 2009


"Contemplar um lago,
rever um amigo,
rezar para seu próprio Deus,
ver um filho crescer,
perdoar,
gostar de si mesmo:
Tudo isso é gigantesco
pra quem ainda sabe sentir."

Martha Medeiros

CARTA AO CORAÇÃO...


Faça você também sua Carta de Amor para ORKUT

Meu Coração,

Eu jamais te condenarei, te criticarei,
ou terei vergonha de tuas palavras.
Sei que és uma criança querida de Deus,
e Ele te guarda no meio de uma luz
radiante e amorosa.


Estou do teu lado,
sempre pedirei bênçãos em minhas orações,
sempre pedirei para que tu encontres
a ajuda e apoio de que necessitas.
Confio no teu amor, meu coração.

Confio que irás dividir amor
com quem merece ou necessita.
Que meu caminho seja o teu caminho,
e que caminhemos juntos em direção à Deus.


E te peço: Confia em mim.
Saiba que te amo,
e que procuro dar-te a liberdade necessária
para que continues batendo
com alegria em meu peito.


Farei tudo que estiver ao meu alcance
para que jamais te sintas incomodado
com a minha presença à tua volta.


Paulo Coelho

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A MARCA DE UMA LÁGRIMA...


Foi em um simples papel
Que comecei a colocar
Os desabafos de meu coração...
Palavras que respondiam os meus sentimentos,
Que denunciam minhas vontades.
Uma lágrima sem razão rolou dos meus olhos
E caiu sobre a palavra amor...
Ai percebi que:
Os meus olhos
Choram por amor.
Lágrimas que nascem lá do coração,
Que a alma aprova,
Pois as lágrimas nos fortalecem.
"Uma pessoa que não chora,
Tem mil motivos para chorar..."
Segurar as lágrimas é o mesmo
Que pedir para parar o tempo.
O amor nos faz chorar,
Porque é o sentimento mais forte
Que existe na lei da vida.
Minha poesia
Ficou com uma marca,
A marca de um amor
Expressado em uma
Marca de Uma Lágrima.

(AD)

PERDI O TEMOR...


Perdi o temor à chuva
E assim ganhei o frescor da água.

Perdi o temor ao vento
E assim ganhei o seu cantar nos fios.

Perdi o temor ao silêncio
E assim ganhei momentos de paz.

Perdi o temor ao julgamento dos outros
E assim ganhei caminhos mais
abertos de liberdade.

Perdi o temor de investir tempo
"em coisas sem importância"
E assim ganhei entardeceres, estrelas,
pedaços de luar, águas rebrilhando ao sol,
retalhos de canções...

Perdi o temor de dar-me integralmente,
temendo sofrimentos e cicatrizes
E assim ganhei a bendita multiplicação
do meu tempo.

Perdi o temor de expor-me
E assim ganhei mais confiança no que sou
e no que podem ser as pessoas.

Perdi o apego às coisas materiais
E assim ganhei a alegria da simplicidade.

Perdi o temor à competição
E assim ganhei o sabor das vitórias e os
ensinamentos das derrotas.

Perdi o temor de desbravar caminhos
desconhecidos.
E assim ganhei novas visões, novos horizontes,
novos amigos.

Perdi o temor de dizer minhas verdades
frontalmente
E assim ganhei aqueles que a mim eram
sinceros e leais.

Perdi o medo do dia de amanhã
E assim ganhei o hoje!

Perdi o temor mórbido do
"por que não fiz"?
E assim ganhei o mais pensar
para melhor fazer.

Perdi a esperança estúpida das minhas
"verdades únicas"
E assim aprendi a ouvir os outros.

Liberei a força dos meus braços para os
abraços fraternos e plenos de carinho
E assim senti multiplicado o imenso e
doce poder do amor.

Perdi o temor da morte
E assim...
Ganhei a VIDA!

(AD)

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O SILÊNCIO


Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se
nas discussões e assim evitar tragédias e desafectos.
Aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária
que seja da sua.
Aprende com o silêncio a aceitar alguns factos que você provocou, a ser
humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que
é belo, ouvir o que faz algum sentido, evitar reclamações vazias e sem
sentido.
Aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem
companhias bem piores....

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para
o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer
livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem
em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a
Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, complete a sua
tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar
em você as qualidades que possui, equilibrar os defeitos que você tem e
sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu.

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das
cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares.
Aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu", a valorizar o ser humano que
você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o santuário que é a sua
vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda
é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, me silencio,
para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe
um dia vitorioso e confirmar que você é especial.

(Paulo Roberto Gaefke)

A ROSA...


Era uma manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e
muito sol.
Um trabalhador dirigiu-se para seu local de trabalho.
Passando em frente a um templo religioso, decidiu entrar.
Era uma sala muito ampla e ele sentou num dos últimos lugares,
bem ao fundo.

Ali se pôs a fazer a sua oração cheia de vida, dialogando com Jesus.
Ouviu, então, em meio ao silêncio, a voz de alguém, cuja presença
não tinha percebido: venha aqui.
Venha ver a rosa.
Ele olhou para os lados, para frente, e viu uma pessoa sentada num
dos primeiros lugares.
Levantou-se e a voz falou outra vez: Venha ver a rosa.

Embora sem entender, ele se dirigiu até a frente e percebeu que sobre
a mesa havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa.
Parou e começou a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante,
insistiu: venha ver a rosa.
Sim, estou vendo a rosa, respondeu.
Por sinal, muito bonita.

Mas o homem não se conformou e tornou a dizer:
- Não, sente-se aqui ao meu lado e veja a rosa.

Diante da insistência, o trabalhador ficou um tanto perturbado.
Quem seria aquele homem maltrapilho?
O que desejaria com ele com aquele convite?
Seria sensato sentar-se ali, ao lado dele?
Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do
homem.

Veja agora a rosa, falou feliz o maltrapilho.
De facto, era um espectáculo todo diferente.
Exactamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver
a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris.
Dali podia-se perceber um raio de luz do sol que vinha de uma das janelas
e se refletia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projetando um
colorido especial sobre a rosa, dando-lhe efeitos visuais de um arco-íris.

E o trabalhador, extasiado, exclamou:
- É a primeira vez, que vejo uma rosa em cores de arco-íris.
Mas, se eu não tivesse me sentado onde estou, se não tivesse tido a
coragem de me deslocar de onde estava, de romper preconceitos,
jamais teria conseguido ver a rosa, num espectáculo tão maravilhoso.
É preciso saber olhar o outro de um prisma diferente do nosso.

O amor assume coloridos diversos, se tivermos coragem de nos deslocar
de nosso comodismo, de romper com preconceitos, para ver a pessoa do
outro de modo diferente e novo.
Há uma rosa escondida em toda pessoa que não estamos sendo capazes
de enxergar.

Há necessidade de sairmos de nós mesmos, de nos dispormos a sentar em
um lugar incômodo, de deixar de lado as prevenções, para poder ver as rosas
do outro, de um ângulo diferente.
Realizemos esta experiência, hoje, em nossas vidas.
Procuremos aceitar que podemos ver um colorido diferente onde, para nós,
nada havia antes, ou talvez, de acordo com nosso modo de pensar, jamais
poderiam ser vistas outras cores.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

UM ANJO DE DEUS



Imagine que há um Anjo de Deus
a seu lado neste momento
Silencie,fique tranqüilo
e pense em todos os problemas
que gostaria de solucionar
em tudo o que te angustia
te faz chorar... te oprime
te preocupa... te deixa triste

Até mesmo seu medo do futuro,
de errar,
o medo de escolher o caminho errado.
Pense agora em tudo isso.

Vamos lá,

ABRA SEU CORAÇÃO e se imagine
entregando tudo isso a Deus.

Agora,imagine tudo de bom,
que você quer que aconteça,
ou que já tenha acontecido;
momentos de felicidade,
de amizade, de carinho,
de paz, de amor.

Coloque tudo em suas mãos,
mentalize...
Agradeça por tudo isso
de bom que ficou,
e pelo ruim que saiu.

QUE DEUS LHE ABENÇOE.
hoje e sempre...

domingo, 4 de outubro de 2009

HOMENAGEM - S. FRANCISCO DE ASSIS

– Dia de São Francisco de Assis -
Protector dos animais

sábado, 3 de outubro de 2009

CADA SONHO


Cada sonho em um olhar,
Cada sonho em um pensamento.
Sonhos que alimentam a alma
Que conduzem uma carruagem para as estrelas.
Cada estrela
Guardiã de um sonho.
Cada segredo
Desvendado em um sonho real.
Milhões de desejos
Desejos de sonhos;
Sonhos possíveis
Para aqueles que acreditam no destino
E se entregam de corpo e alma há um
Momento de felicidade.
Cada sonho,
Cada mistério,
Desvendado pelo mundo.
Um talento gerado pelos sonhos
Abençoado pela esperança
Desconfiado pela ilusão,
Mas que as verdades
O fortalecem
E os sonhos o alimenta.
Cada sonho
Em cada vida.
Um destino
Pra cada Alma.

Fabiana Thais Oliveira

ASSOLA-ME O MEDO DA SOLIDÃO...


Assola-me o medo da solidão
Nos olhos parados
De uma velha senhora
Sentada ao sol da escuridão.

Na memória
Vive o passado glorioso
Duma vida com história
Duma família feliz.
O ontem é o longínquo
Da casa cheia de cor
Do tempo sem abandonos
Onde havia calor.

O hoje não existe
Neste frio viver
Sem amor.
Depositada num lar
Caro paraíso
Onde ninguém a visita
Nem lhe dá um sorriso.

Vive porque o ar entra e sai
Dos seus pulmões
E o coração teima em bater
Em tristes pulsações.

Nos seus olhos parados
Ecoa o grito forte
De quem chama pela morte…

Assola-me o medo da solidão
Nos olhos parados
De um idoso
Que já vive sem ilusão
De viver…

MariaSousa

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ÀS FAVAS COM O AMOR! EU QUERO É SER FELIZ...


Pois é... a sensação que tenho tido, nos últimos tempos, é de que essa busca pelo grande amor, pelo par ideal, pelo príncipe encantado, pela felicidade infinita – que deveria ter se configurado como um caminho edificante e enobrecedor – tem servido bem mais para transformar a vida de um grande número de pessoas numa insanidade absurda.

Basta repararmos um pouco mais atentamente na enorme confusão que tem sido tantas relações (com suas intermináveis tentativas de nomenclaturas) e terminaremos por concluir que nisso tudo tem algo que precisa ser urgentemente revisto, reavaliado e reconduzido.

Se estudarmos um pouco mais profundamente a história da humanidade, não demoraremos a descobrir que o comportamento entre homens e mulheres, incluindo o desejo sexual e suas mais diversas manifestações, passou por algumas transformações significativas antes de chegar neste cenário que vivemos actualmente.

Se no começo tudo era uma questão de sobrevivência e perpetuação da espécie, não faz muito tempo nasceu o desejo pelo conforto, pela fartura, pelo bem-estar. Eis também o nascimento do amor romântico e dessa tão visceral busca pela felicidade, que ganhava – a partir de então – um sentido bem mais amplo e refinado do que tinha até então.

Daí para alcançarmos este ritmo alucinante de mudanças, não demorou quase nada. Bem menos de um século apenas. E neste momento vivemos como que em meio a um furacão, recheado de dúvidas, incertezas, inseguranças, expectativas e perspectivas cujas bases estão trincadas, em plena reforma...

E a pergunta se repete, incessantemente: por que tem sido tão difícil viver esse tal grande amor? Por que embora esse pareça ser o maior desejo da grande maioria, o que reina são os desencontros?

Talvez você também já tenha vivido contradições profundas como essas. Talvez já tenha acreditado piamente que tudo o que mais desejava era amar e ser amado e, diante desta possibilidade, não soube o que fazer, ou fez tudo errado...

Talvez já tenha dito para si mesmo, incontáveis vezes, que prefere ficar só, desfrutar de sua liberdade, preservar seu espaço e sua individualidade e, cara a cara com seu espelho, sentiu medo da solidão ou o peso quase insuportável da falta de um abraço...

E nesses momentos, convencido (?) pela atual corrente de pensamento que afirma que tudo só depende de você, o conflito interno é praticamente inevitável: o que eu realmente quero? Se depende só de mim, por que será que as pessoas influenciam tão directamente no modo como me sinto? E se a responsabilidade pelo que me acontece é somente minha, por que nem sempre alcanço os resultados para os quais tanto me dediquei?

Não sei... mas diante de todos esses pontos de interrogação, tendo a concluir que este é um momento da história das relações de completa metamorfose. O que era antes não é mais. O que será ainda não sabemos. Agora, somos homens e mulheres repensando seus papéis, seus desejos, seus lugares dentro dos encontros amorosos, da família e da vida em geral.

O problema, então, talvez seja o apego e o anseio por uma idéia de grande amor que é incompatível com a realidade atual. Um grande amor que não seja castrador e submisso como o que viveram nossos avós, mas que também não seja tão livre e descomprometido como este que temos experimentado nas últimas décadas. De preferência, que seja intenso, romântico, perfeito, cheio de encanto e paixão, como descrevem os poetas e compositores ou mostram os filmes das telas dos cinemas... Daqueles que chegam e nos arrebatam de uma vidinha que não temos suportado carregar sozinhos (porque é exatamente assim que tenho visto muita gente esperar por um grande amor). Ah! E que seja para sempre, claro!

Não percebemos que essa busca não é coerente com as atitudes que temos tido ou com o modo de vida que temos adoptado. As engrenagens externas estão totalmente desencaixadas das internas. Os ritmos estão desencontrados. O que se deseja comprar não é o que está à venda e ainda assim pagamos o preço para ter o que está nas prateleiras. Estamos perdidos entre sentir, querer, fazer, parecer e, enfim, ser!

Tudo bem... acho até que não daria pra ser muito diferente disso, já que a fase é de profundas mudanças, mas aposto que o caminho poderia ser bem mais suave e prazeroso se parássemos de acreditar que o grande-amor-dos-contos-de-fadas é a solução na qual devemos investir toda a nossa existência.

A insanidade (que é o que mando às favas, na verdade) fica por conta dessa insistência em acreditarmos que amor é um ‘estado civil’ qualquer que devemos atingir e, uma vez nele, a felicidade é certa. Não é! Felicidade é aquela que temos a oferecer e não aquela pela qual temos esperado. E é também bem mais incerta, imperfeita e inconstante do que temos imaginado. Simplesmente porque somos gente e gente é assim: incerta, imperfeita e inconstante.

E quando, finalmente, aceitarmos esse facto, creio que teremos começado a compreender o que é o amor...

:: Rosana Braga ::

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

UM BOM DIA - SEJAM FELIZES


»ღ«   »ღ«    »ღ« 

Felicidade é sabedoria, esperança,
vontade de ir, vontade de ficar,
presente, passado, futuro.
Felicidade é confiança:
fé e crença,
trabalho e ação.
»ღ« 
Não se pode ter pressa de ser feliz,
porque a felicidade vem devagarinho,
como quem não quer nada.
Ser feliz não depende de dinheiro,
não depende de saúde,
nem de poder.
»ღ« 
Felicidade não é fruto da ostentação,
nem do luxo.
Felicidade é desprendimento,
não é ambição.
Só é feliz quem sabe suportar, perder,
sofrer e perdoar.
Só é feliz quem sabe, sobretudo, AMAR.

»ღ«     »ღ«      »ღ«

EU PRECISO...


Preciso de ilusão, prá misturar com minha imaginação
e tentar sonhar.
Preciso de um pouco de felicidade, prá
dosar com essa tristeza que não me deixa
levantar.
Preciso de menos silêncio, para escutar
os acordes do meu violão e voltar
a cantar.
Preciso de menos dor, e mais amor.
Preciso de mais visão,
para enxergar o que está realmente dentro do
meu coração.
Preciso de paixão, para tentar enganar
minha razão.
Preciso de gritos de crianças, para acalmar
meus próprios gritos.
Preciso de menos angústia, só
assim posso escalar as montanhas que me cercam.
Preciso de risos, prá disfarçar minhas
lágrimas.
Preciso de fé, para acreditar no amanhã.
Preciso do sol, prá me tirar da solidão.
Preciso da lua, prá sair da escuridão.
Preciso de uma estrada, com
uma estrela guia prá me guiar.
Preciso de mais sanidade, e menos loucura
prá juntar os pedaços do meu coração.
Preciso acreditar...
Preciso amar...
Preciso de você...
Preciso...

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