domingo, 29 de agosto de 2010


Da poesia, da vida e do amor
Onde encontrar poesia, na noite fria,
na sala que ainda está vazia,
na imensidão do quarto pequeno e solitário,
neste espelho da alma, que é da tristeza, um refratário
no grande vazio deste salão que é o coração?

Onde encontrar alegria, na dor da partida,
na ausência dolorosa da separação,
na alma ferida, aberta, exposta,
que ninguém quer por perto, ninguém gosta.

Ainda assim, a gente insiste, aposta,
na busca do amor que nos complete,
de alguém que preencha este espaço,
esta parte que grita silenciosamente,
almas que se buscam, se encontram,
mas nem sempre permanecem.

E a vida segue…
e o dia chega,
o sol aparece, a chuva vem lavar as ruas,
e os olhos ainda insistem, na busca frenética do amor.
Alguém que não nos abandone,
que nos toque, emocione,
leve um pedaço de nós,
deixe um pouco em nós mesmos.

Assim nasce o amor, nasce a poesia,
ainda que na madrugada fria, distante,
o coração palpita, confiante,
espera o dia raiar para mais uma vez acreditar,
que sempre é tempo de amar,
que a vida é mais bonita e tem mais cor,
quando vivemos a plenitude do amor.

É tempo de amar!



(AD)

PERFUMES AMOROSOS


É tempo de ver o sol, ainda que seja noite,
pois sabemos “racionalmente”, que o sol não sumiu,
apenas se escondeu para que a lua se exiba no céu.
Então, deixar-se aquecer pela certeza de que a felicidade não sumiu,
apenas deu um tempo para que a tristeza se exibisse,
mostrasse para você que o melhor de tudo é ser feliz,
e que se perdeu um amor, não perdeu a capacidade de amar,
se perdeu um dente, a boca ainda está no lugar,
se perdeu um emprego, a experiência ainda está lá,
se perdeu um parente, outro ficou para cuidar,
se perdeu um sonho, esta noite foi feita para sonhar.
Não se perca de você, este sim, é difícil de achar.
O resto é manter a chama do amor acesa,
pois somos essencialmente feitos de amor,
tudo em nós é música suave, é poesia e calor,
nós é que nos escondemos, nos assustamos, esfriamos.
É tempo de acender tochas amorosas em nós mesmos,
espalhar o amor como semente generosa,
e confiar que no tempo certo, colheremos,
cestos e cestos de flores perfumadas,
perfume de muito valor,
o perfume do amor.


Paulo Roberto Gaefke

domingo, 15 de agosto de 2010


O caminho que devemos
escolher é o do Amor.
Não importam as dores, as angústias
ou as decepções que teremos que encarar.
Devemos escolher ser verdadeiros.
Nesse caminho, o abraço é apertado,
o aperto de mão é sincero.
Não estranhe sua maneira de sorrir,
de desejar o bem,
de emocionar-se com a história de alguém.
Se ele chorar, chore junto!
Afinal de contas somos seres humanos
que fizemos a opção pelo bem.
É assim que devemos enxergar a vida!
E é só assim que devemos acreditar
que valha a pena viver!
Viver com emoção, verdade e amor!

(AD)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

SENSIBILIDADE...


Sensibilidade é uma qualidade essencial para quem deseja viver a vida em toda a sua plenitude. Nascemos plugados na fonte original do ser, com nossa sensibilidade totalmente desperta.

Mas, na medida em que crescemos e a mente começa a assumir o comando, vamos perdendo aos poucos a capacidade de nos relacionarmos com a vida de modo total, espontâneo e natural.

As armaduras corporais que criamos como defesa para não exprimir nosso lado sensível -aquele que o mundo nos faz acreditar ser sinônimo de fragilidade-, e os jogos do ego, embotam nossa capacidade de expressar todo o potencial de sensibilidade que existe em nós.

Fazer o caminho de volta e retornar à nossa essência, exige uma virada em nosso padrão usual de reacção ao mundo. A percepção plena de nossos sentidos só pode ser resgatada se nos mantivermos conscientes desse processo e estivermos dispostos a manter sempre em alta nossa capacidade de nos extasiarmos com os mais simples acontecimentos da vida.

Felizmente, temos à nossa disposição muitas técnicas terapêuticas que podem nos ajudar a reverter este processo, descobrindo em nosso corpo uma fonte de prazer e alegria e aplicando estes sentimentos a qualquer circunstância que vivenciemos.

A sensibilidade é um atributo essencial daquele que está totalmente vivo, não porque respire ou porque seu coração bata de modo ritmado todos os dias, mas porque é alguém que se mantém conectado permanentemente com a dimensão Divina que habita em si. Este sentimento de união com o Todo é o que nos traz de modo incondicional a percepção da beleza, da harmonia e da paz que existe em tudo o que há.


Elisabeth Cavalcante

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