segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CARTA ABERTA A UM VELHO...

Quando te trato por velho não estou a pensar que a tua alma esteja gasta, nem que a tua juventude tenha morrido.
No teu corpo como no meu, o tempo vai passando, as rugas vão surgindo e seremos como uma árvore que já deu flor e fruto, teve a primavera, há-de vir o Outono e o inverno, como na vida de todos os seres.
É bom ser jovem? Pois é.
Mas ser velho é mau? Acho que não.
A juventude não tem tempo, nem idade. Ela está no nosso coração, no nosso interesse pelo mundo que nos rodeia, no nosso amor à vida a aos outros seres, sejam eles os humanos, os animais ou a natureza inteira.
O que é importante é que os homens que governam este mundo percebam que a terceira idade é uma fase da vida como as outras. Tal como os alcatrazes numa nora, uns vão vindo e outros passando.
E nessa roda que é a vida, todos temos um lugar e todos merecemos o respeito pelo nosso ser. Por isso temos de construir todos um mundo para todos. Os mais jovens com a sua força e os mais velhos com a sua experiência, ambos de mãos dadas, poderemos encontrar motivos de alegria para a existência.
Por isso, tratar do teu corpo é importante para a tua alma viver sem dor. Por isso, aconchegar-te e acarinhar-te, é acreditar que o teu coração, mesmo cansado, está vivo para amar, para criar a beleza e para sorrir.

Como dizia um filósofo velho por fora, mas novo por dentro:

«Só é velho, quem

está sempre a pensar nisso.»


Júlio Roberto

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