segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Rachel Platten - Stand By You

domingo, 29 de novembro de 2015


Para se guardar um amor

A gente nunca deveria se acostumar com o amor. Deveríamos ter sempre essa sensação de novo, novidade, como se, cada manhã, descobrindo o nascer do dia, nos extasiássemos diante do espetáculo como se ele jamais tivesse acontecido antes.

Falta cuidados com o amor, com a nobreza dele e é por isso que ele se apaga. O frio no estômago passa logo que o amor toma posse, o coração bate menos rápido com o decorrer dos dias, a saudade precisa de mais tempo para ser sentida e os hábitos se instalam.

A diferença básica entre homens e mulheres é que a primeira parte é mais racional, vê e ouve somente o que quer, se satisfaz com mais facilidade fisicamente e a segunda... ah, a segunda!... essa é a guardadora dos sonhos que faz com que muitos relacionamentos continuem até depois que o sentimento acabou. 

As mulheres trazem quase sempre escondido no peito a caixinha de promessas dos primeiros encontros, dos primeiros suspiros, primeiras palavras trocadas, elas guardam datas, tentam adivinhar os desejos, se especializam em surpresas e esperam secretamente ser adivinhadas.
Algo que aprendi com o tempo foi que o amor não é um conjunto de compatibilidades, mas a aceitação das incompatibilidades. Não amamos a outra pessoa quando ela tem algo que nos agrada, mas quando o que não nos agrada torna-se menos importante, mesmo se continua a existir. O amor está na diferença do contrapeso.

É preciso, para se guardar um amor, ter-se a memória fraca para certas coisas e um coração desesperadamente atento para outras. É preciso conhecer certos detalhes e dar-lhes a devida importância, apreciar o pôr-do sol como se fosse a primeira vez e se dar as mãos como se elas nunca se tivessem separado.

Letícia Thompson

domingo, 22 de novembro de 2015



ANÚNCIO DE ENTARDECER

Procura-se um sonho.
Ele andou fatiado de medos,
Iludiu-se, imiscuiu-se,
E chegou a flertar com a utopia.
Quem o encontrar,
Diz a ele que o perdoo por tudo.
Que o meu peito, em cicatrizes,
É hoje até mais bonito que antes.
Que aprendi que a força se desdobra
Em indizíveis fraquezas.
E que enquanto ainda chorava de inércia
Meus olhos colheram do sol
A força de desabrochar o meu mundo.
Diz que a solidão me consome os espaços.
E a vizinhança inteira me ouviu a gritar por seu nome.
Diz que sangro a sua ausência
E os seus silêncios me transbordam.
Diz ao meu sonho que ele venceu.
A minh' alma não se vendeu.

NARA RÚBIA RIBEIRO








sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PS I Love You ~ Everytime We Touch

Poema de quatro mãos – Manifesto pela Gentileza
13-11-2015 
Gentileza não se compra nos supermercados.
Não se (re)produz industrialmente.
Não se prostitui pelas esquinas.
Gentileza é incondicional, leve e pura.
É um sentimento que aflora no ventre materno.
É seiva que escorre pelos(a) braços de pai e mãe.
E vai desaguar pelo mundo, através da multiplicação de seus filhos.
Gentileza não precisa de tradutor para se comunicar.
Nem de dicionário para se entender.
Seu significado é o mesmo,
seja nas planícies de Brasília
ou nas praias cariocas.
Gentileza desafia tabus e conexões,
celebra a força da partilha,
duplica as mãos.
Gentileza entrelaça sonhos e palavras.
Faz brotar esperança.
É uma ponte
que leva e traz ao
(com)partilhar ações.
Doações.
Gentileza é esquecer uma dor
enxugando uma lágrima.
É ensinar para aprender.
É um gesto mágico que alcança,
que diminui distâncias, discrepâncias.
 
(Autoria: Mônica Ottoni e Luis Rocha)

domingo, 1 de novembro de 2015

Pablo Alborán - Ecos (Directo) - Tres noches en Las Ventas

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