Gosto de pessoas com a cabeça no lugar, com conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão...
Pessoas que riem, choram, que se emocionam com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. Que amam e sentem saudades que gostam dos amigos, que respeitam todos os seres que habitam neste Planeta.
Pessoas que fazem as coisas que gostam, sem fugir a compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Pessoas de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos.
Pessoas que tenham amor pela vida, vontade de aproveitar o momento, o hoje e o agora. Que erram e reconhecem, caiem e se levantam, apanham e assimilam os golpes, tirando lições dos erros e sabendo que chorar não é admitir a derrota, mas ter a certeza de que a luta continua. Gosto de quem gosta de mim e tento compreender quem não gosta...
Sou livre, amo a vida... Adoro perceber a magia e o misterio que a vida tem a nos oferecer a cada amanhecer e o descanso e a paz a cada anoitecer.
AMO DEUS e A VIDA
"O choro secou.
Um outono doce impera com seu aconchego de amor e lucidez, suaves.
E esse abraço aveludado que chegou repentinamente, num calorzinho de cuidados e curas. Não restam mais feridas.
A dor perdeu seu lugar na minha rotina e foi procurar outros rumos.
Tenho novos sonhos e um sono novo e profundo. Suavemente tudo mudou de ritmo e celebrei o tempo de cada novo passo.
À princípio, tive tanta ansiedade, porque tudo parecia um turbilhão, mas de que adianta tentar pular aprendizados?
Se é de poesia que o poeta precisa, vamos a ela e não mais à repetição de uma melancolia eterna e bem aprimorada.
Chuva e sol, calor e frio: eis o equilíbrio da vida.
Se eu nasci com o sorriso mais largo do mundo, não vou entristecer o meu olhar nem anestesiar minha alegria.
O choro secou.
Já era tempo de prestar mais atenção em outras cores, promover como prediletas outras flores e entrar no mar sem medo, furando a onda com respeito e repetindo a cena com entrega e confiança. Nada ficou fragmentado.
Saí inteira e o amor em mim transborda: pele aceitando carícia, olhar brilhando com a menor das delícias.
O toque é novo e a respiração tranqüila.
Às vezes, ainda ofego um pouco, mas quem disse que artista nasceu para sentir pouco?
Importante agora é que o choro secou.
Antes o meu pranto era cego.
Tive que olhar longamente no espelho pra saber o que ainda poderia resgatar de mim.
Não quis nada do que restou, quis o meu sorriso novo, minhas portas abertas e a vontade de saltar novamente no desconhecido.
E hoje eu só choro se for de alegria."
"Faça tudo o que puder para ser feliz e trazer alegria à sua vida.
Recuse situações de infelicidade.
Usufrua os pequenos milagres que cada dia lhe oferece."
Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, nos bares, levanta
os braços, sorri e dispara: ´eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e
todo mundo é meu também´.
No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos
descompromissados, os adeptos da geração ´tribalista´ se dirigem aos
consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e
reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.
A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Não dá,
infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.
Para comer a cereja é preciso
comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como:
não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Desconhece a delícia de assistir a um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser
cuidado por ele, é telefonar só para dizer bom dia, ter uma boa companhia
para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e
receber cafuné,
um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter ´alguém para amar´.. Somos livres para optarmos! E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém.
É ter coragem,
ser autêntico
e se permitir viver um sentimento...