Eu trago em meu corpo toda a essência;
Do duplo etéreo que em mim se manifesta...
Quando sinto meu eu em total ausência;
Que faz assim minha alma sair em festa...
Sou meio que deslocada do tempo e espaço;
Enquanto vôo entre nuvens esqueço meu eu...
E como que uma teia por mim eu risco e traço;
Quando sinto que minha alma em si renasceu...
Não percebo que a gravidade então se ausenta;
E que o meu coração impaciente flutua perdido...
Só os meus olhares cálidos nele o apascenta;
Como se todo o resto estivesse meio sumido...
E minha essência se torna então brevemente;
Repartida... Evolada e não bem manifestada...
A alma que trate de me encontrar e me acalente;
Pela luz que expando e me torna iluminada...
Porquê antes de tudo eu sou amor;
Mesmo que pela tristeza manietada...
Ela me faz sentir um bocado de dor;
Mas mostra que sou vida inacabada...
Adubando meu coração como uma flor;
Com ciclos resplandecentes e floradas...
Onde um risco em cruz se faz presente;
Eu não o sinto... Mas minha alma sente...
E viva esta minha vida tão tresloucada
Joyce Sameitat
0 comentários:
Enviar um comentário