Tenho tanto de doce como de amargo.
Só depende de que lado chupas o rebuçado
Se me dás carinho, tens o meu melhor bocado
Se despertas a besta o melhor é estares preparado

Não gosto de quem me faz chorar
Quem me magoa sem se questionar
Quem me faz ter raiva, me faz sentir banal
Quando não faço por merecer tamanho mal

Sou doce como morangos
Amargo como limão
Se me dás amor, tens os meus beijos
Se me desprezas não tens meu perdão

Mas prefiro ser como mel
Tua boca adoçar
Com a magia do amor
Com carícias do meu olhar

Não sou muito exigente
Com pouco eu me contento
Basta que me respeites
E que me deixes viver cada momento

Não precisas de me dar tudo
Mas quando dás, dá com prazer
De forma a que eu sinta
Que não foi forçado, foi mesmo por querer

Quem me dá por vontade própria
Devolvo pelo menos em dobro sem questionar
Se não te for suficiente
Só tens que me alertar e mais te irei dar

A quem a mim se dirige com necessidade
Não olho a meios para ajudar
Do corpo tiro a própria roupa
Para o teu corpo com elas afagar

Não me faças ser amargo
Te peço eu por favor
Prefiro ser um doce morango
Que te delícia com seu sabor

Quando me vires em lágrimas
Basta-me um gesto bem simples teu
Agarra-me forte e dá-me um beijo
O coração vai ficar mais calmo e dar-te-ei o meu céu

Tenho tanto de doce como de amargo
É uma verdade, não vou negar
Terás de mim o pedaço
Da flor que insistires a regar

Drummer

© Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto

Muitas vezes penso no que é a vida. Esta viagem alucinante em que vivemos desde que nascemos. Sabemos-lhe o final. Sabemos como vai acabar.
Vivemos entre o alvo e a seta. Entre o princípio e o fim. Mas o que levamos nós desta viagem, se até a última roupa que vestimos não somos nós que escolhemos? E se não no-la vestirem vamos nus?
Não sei o que pensam vocês. Mas eu julgo que daqui só levamos o que aprendemos. E nem isso deve ser tão importante como o que deixamos. Se não estivermos aqui para tocar corações, para dar um pouco de nós, tudo de nós, então não sei.
Nenhum de nós sabe quando a nossa viagem termina. O que sabemos é que temos o agora. O hoje. Que por algum motivo se chama presente.
Porque é o que podemos dar. É o que podemos ser. É o que podemos viver.
O meu conselho é que vivam hoje. Digam hoje. Sejam hoje. Aproveitem a dádiva que vos é dada. O presente que vos é oferecido. Porque o amanhã pode nem existir.
Se amanhã não estivesse aqui, o que terias para me dizer hoje?

Miss Paty

© Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto