domingo, 29 de agosto de 2010


Da poesia, da vida e do amor
Onde encontrar poesia, na noite fria,
na sala que ainda está vazia,
na imensidão do quarto pequeno e solitário,
neste espelho da alma, que é da tristeza, um refratário
no grande vazio deste salão que é o coração?

Onde encontrar alegria, na dor da partida,
na ausência dolorosa da separação,
na alma ferida, aberta, exposta,
que ninguém quer por perto, ninguém gosta.

Ainda assim, a gente insiste, aposta,
na busca do amor que nos complete,
de alguém que preencha este espaço,
esta parte que grita silenciosamente,
almas que se buscam, se encontram,
mas nem sempre permanecem.

E a vida segue…
e o dia chega,
o sol aparece, a chuva vem lavar as ruas,
e os olhos ainda insistem, na busca frenética do amor.
Alguém que não nos abandone,
que nos toque, emocione,
leve um pedaço de nós,
deixe um pouco em nós mesmos.

Assim nasce o amor, nasce a poesia,
ainda que na madrugada fria, distante,
o coração palpita, confiante,
espera o dia raiar para mais uma vez acreditar,
que sempre é tempo de amar,
que a vida é mais bonita e tem mais cor,
quando vivemos a plenitude do amor.

É tempo de amar!



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