sexta-feira, 13 de dezembro de 2013



Se eu pudesse…
Por um dia ser o bom velhinho
Mensageiro de Deus repartindo carinho
Com certeza
Exterminaria a pobreza
Caminharia por todas as favelas,
Adentraria às vielas,
Levando alegria,
Secando lágrimas,
Matando a fome que mata,
Transformando míseros barracos
Em lares decentes
Num gesto de amor!
Levaria o sonhado presente
Entregaria a cada criança
Triste, sem esperança,
Rosto pálido,
Sonhos murchos
Como a flor que não vingou
No árido chão
No descaso do próprio torrão.
Construiria escolas decentes
Preencheria o vazio latente
De cada coração!
Estenderia a mão em amizade
Conferindo solidariedade,
Segurança num futuro melhor,
Uma auto-estima maior.
Ofereceria educação
E com uma varinha de condão
Extinguiria a violência,
Transformaria balas perdidas
Em rosas, miosótis, hortênsias…
Dando cor ao negro da dor!

As favelas seriam imensos jardins,
As casas iluminadas,
Cirandas nas calçadas
Amor aproximando os afins…

Em cada uma delas
Substituiria as vazias panelas
Por uma substancial ceia de natal
Pois afinal
Num mundo tão desigual
Todos têm os mesmos direitos…
Merecem o mesmo respeito…
Têm o direito de serem felizes
Sonhando em matizes!

Mas como não sou o bom velhinho
Não sou mágico, nem adivinho…
Peço ao mundo perdão
Por só alcançar com minha pequena mão
Aos que estão próximos a mim.

Carmen Vervloet


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