quinta-feira, 27 de março de 2014


                                                                              


TEMPO

Caminhamos, voamos, saltamos, corremos
o mundo nos fez assim
o mundo trouxe-nos até aqui
horizontes infindáveis do por vir
reluzência do desejo
lágrimas foram oceanos
dores foram tempestades
agora a calmaria se avizinha
a coragem toma a força dos olhos abertos
a esperança regala-se do tributo dos sonhos
toco tua alma com os dedos
tocas meu coração com olhares
os arrepios são inevitáveis
o gozo nos amantes é natural
nosso amor transcende nossa história
vidas, vidas, memórias
deram musculatura e leveza
a ternura clareia o sorriso
tudo vira dia na madrugada larga
se tremo quando avizinho teu umbigo
é porque vibras do amor resgatado
só há a canção das mãos
escrevemos por vidas e vidas
ensaiamos por vidas e vidas
agora o amor não evapora com esperas
a pressa deixou de ser voraz
a convicção atende por já
tocas minha alma com os lábios
a humildade abriu o portal sagrado
sem espelhos nos vemos por todo
nos tocamos em tudo
os relógios ficam mudos
sem gritos, sem exageros, sem medos
o amor é nosso campo verde, aberto
onde cultivamos a flor da alegria
todas as manhãs
e dela cuidamos todo dia
por todos os dias
felicidade nos abraça
no nosso abraço demorado, leve, intenso

D'Almeida Souza

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