segunda-feira, 12 de abril de 2010

PARA REFLECTIR...


Nunca a humanidade mendigou tanta atenção e afecto. Uma crise de autodesvalor,sem precendentes,assola multidões. O sentimento de indignidade é o piso emocional das feridas seculares que causam a sensação de inferioridade, abandono e falência.

Não se sentindo amadas, almas sem conta não conseguem superar os dramas da rejeição e os tormentos de solidão. Optam pela falencia não assumida. Uma existência sem sentido,vazia de significados,sem metas, a caminho da derrocada moral e espiritual.

Somente o tratamento lento e perseverante de tecer o manto protector da segurança intima,utilizando o fio do auto-amor podera renovar essa condição interior do ser humano. Agrilhoado pela ilusão do menor esforço,o homem busca a ilusão como sinonimo de paz. Anseia-se pela felicidade como se tal estado da alma pudesse ser fruto da aquisição de facilidades e privilegios.

Contudo, a felicidade é uma conquista que se faz através da educação de si mesmo.

Busca-la no exterior é dar prosseguimento a uma procura recheada de decepções e dor. Educar para ser feliz é dar sentido a existencia. O homem contemporaneo padece a doença do sentido. O vazio existencial é o corrosivo de seu mundo Intimo.

A primeira condição para se estabelecer um sentido a vida é o exercio da singularidade. Descobrir seus proprios caminhos,lutar por seus sonhos, celebrar sua diversidade aceitando suas particularidades, participar da vida como se é, sentir o gosto de se desligar de uma centrada no ideal e realizar-se no real.


(trecho do livro Escutando sentimentos - Wanderley S.de Oliveira)

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